Embora semelhantes aos seus congéneres americanos Allah Las ou Love, Mighty não soam tão preocupados com os arranjos de guitarra ou com a (eventual) visceralidade de certas faixas, como pode se ouvir nos últimos 30 segundos do Lucky Luck anthem "Love Son" pura distorção de guitarras e fuzz nos riffs dos refrões, no entanto é nas melodias e em certos momentos de pura harmonia sonora que conseguimos os momentos mais memoráveis de todo o disco.Do instrumental alegre e birdy-sinth de Martinee "Cacti" até ao "cowboyento" guiro-sampled* e harmonioso "100 Villains" até ao sexy, pitoresco e exótico "I'm So Thankful", que exibe uma química óbvia entre Luckee e Maree, até ao psich repleto de delay vocal "Ride The Curse" que acaba no super épico de 13 minutos "Mozambique", último registo que vem consolidar a composição consciente, os vocais angelicais de Teresa no refrão e a já mencionada simetria que cada instrumento propõe em cada faixa.
Big Pink torna-se melhor a cada audição, há subtileza em cada instrumento que vai ficando mais nítida a cada replay, a perceção da letra vai-se tornando mais clara e porque não, o disco vai ficando tão rosa que um dia será apenas chamado de "Disco cor de rosa", e aí saberemos que chegará onde sempre esteve destinado.
*Pareceu-me ouvir um Guiro, posso estar enganado...
Ouçam Big Pink vol.1 e Big Pink vol.2


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