domingo, 5 de janeiro de 2014

Decadas: Anos 60 (Continuação).

Nos anos 60 na Califórnia, havia um movimento musical meramente regional chamado "Surf Rock". este grupo não só inventou o género como também foi dos poucos grupos a rivalizar com os Beatles não só em termos comerciais como em termos críticos. Apresentamos, os Beach Boys.
Começaram em 1962 quando os irmãos Wilson, compostos por Brian, Dennis and Carl Wilson juntaram-se aos primo Mike Love e ao amigo Al Jardine. Os Beach Boys estavam compostos, e prontos para arrebatar Califórnia. Estava na moda ouvir Surf Rock. As raparigas gostavam, os rapazes gostavam. Era calor, praia e Surf Rock. Mas o que era Surf Rock? Ritmos de bateria rápidos com riffs de guitarra normalmente utilizando dois a três acordes. Alguns especialistas consideram os Beach Boys como um dos pioneiros do Punk.
 De 1962 a 1965 os Beach Boys lançaram mais de 10 álbuns, mas houve um álbum que fez com que a banda deixa-se de ser um fenómeno regional e fez com que a banda tornasse a ser um fenómeno mundial.

Pet Sounds (1966) para aclamação critica e comercial, sendo que tornou-se instantaneamente num clássico absoluto. Os Beach Boys chegavam a um outro nível de composição, criando melodias sinfónicas, sendo que deste álbum retira-se exemplos perfeitos do Pop feito na altura: "Im waiting for the day", "Sloop Jonh B", "God only Knows", mas aquela que é das músicas mais influentes de todos os tempos: "Wouldn't It be Nice".
 A verdade é que os Beach Boys iriam fazer muitos mais álbuns (E ainda fazem), mas nenhum chegara ao nível de perfeição como em "Pet Sounds", que é um dos momentos chave dos anos 60.


Seguido por muitos, conhecido por poucos, diz-se que este homem não só é um dos inventores da Composição Radical nos anos 60, como também é um dos vários artistas que sempre fez tudo para estar à frente dos seus contemporâneos, sempre com obras-primas de uma influência tremenda sobre a sociedade, e sobre vários artistas que viriam depois dele. Apresentamos o génio: Frank Zappa.
Em 1958 após já ter mudado de escola por 17 vezes, Zappa graduava-se na Universidade de Lancaster. O seu gosto por música aumentava à medida que crescia, ganhando muito gosto por R&B. Em 1955, Zappa era baterista numa pequena banda na cidade, à medida que ganhava também muito interesse pela música clássica Avant-Garde. Nessa altura, Zappa já tinha estudado em várias escolas de música, e passava da bateria para a guitarra.
 Em 1964, Zappa entrou em vários filmes de baixo orçamento e tocava em várias bandas, onde num estúdio de gravação conheceu Paul Buff, que era dono do mesmo. Zapa e Buff começaram a escrever músicas Pop, e em 1964, Zappa comprou o estúdio de gravação a Buff, que se situava em Cumagonga (Califórnia) e mudou o nome do estúdio para Studio Z.
 Em 1965, após ter sido preso por 10 dias, Zappa muda-se para Los Angeles e entra numa banda chamada Soul Giants, cujo seu grande amigo e vocalista Ray Collins estava na banda, juntamente com o baixista Roy Estrada e o baterista Jimmy Carl Black. Zappa convenceu os membros da banda a usarem as suas composições originais em vez de covers e ainda convenceu a banda a mudar o nome para "The Mothers".
 Em pouco tempo, "The Mothers" conseguiam um agente, Herb Cohen e audições para tocar em clubes de música locais. Tom Wilson (Verve Records) viu-os tocar uma vez num clube e contratou-os para assinar pela sua editora, que na altura era uma subsidiária da MGM, sendo que a Verve Records exigia que a banda mudasse o nome para "The Mothers of Invention".
 Em 1965, já com o guitarrista Elliot Ingber recrutado, Frank Zappa e os "Mothers of Invention" gravavam o seu primeiro álbum.
Em 1966, Freak Out saia. As vendas eram algo decepcionantes nas primeiras semanas, mas eventualmente, Freak Out entrava na Billboard 200, passando 23 semanas lá.
 O álbum, continha letras satíricas mas muito convencionais, onde Zappa fazia muitas explorações seja nas composições directas de Pop, seja no Proto-Punk de dois acordes (na altura inédito), seja no Art Rock ou nas experimentações mais progressivas. Iria demorar décadas até o álbum finalmente ser reconhecido como um dos mais importantes de sempre, crucial na moldagem do Rock moderno.
 Em 1967, a banda mudava-se para Nova Iorque. Zappa já trabalhava no seu primeiro longa-duração a solo e Fielder já havia abandonado o grupo, Ian Underwood iria juntar-se ao grupo e iria fazer parte do alinhamento quando no mesmo ano, o segundo álbum dos "Mothers" saia, este intitulado "We're only In It For The Money". Demorou algum tempo a ser lançado devido a alguns problemas legais, dado que a banda era acusada de criar uma capa paródica ao do álbum dos Beatles "Sgt Peppers Lonely Hearts Club Band".
 No mesmo ano, e após os problemas do álbum já estarem resolvidos, a banda fez a sua primeira tournêe Europeia. O álbum chegaria ao número 30 da Billboard 200.


Após 5 álbuns com a Verve, Zappa e os "Mothers" ainda deviam mais um álbum à editora, e em 1969, "Uncle Meat" era lançado. Nessa altura, Billy Mundi (baterista) já havia abandonado a banda e substituído por Arthur Dyer Tripp III. Ray Colllins (guitarra) também já havia abandonado a banda, também substituído por Lowell George.
 O álbum entrou no Top 50 e ficou por lá durante 12 semanas. Era um ambicioso duplo-álbum, sempre com as ideias e sentimentos de Zappa brutalmente expostos nas letras e via a banda numa fase muito mais Instrumental e experimental.


Ainda na década de 60, Zappa e os "Mothers" lançariam "Hot Rats". Como já era habitual nas bandas Avant-Garde da altura, o seu reconhecimento só viria anos mais tarde, sendo que Zappa deixaria um legado enorme em mais de meia década de século.
 Eventualmente, Zappa morreria em 1993, hoje visto como um dos grandes heróis da revolução do Rock.

Iremos continuar, nos fabulosos anos 70...

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