quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Critica: Hinds- Leave me Alone

Como qualquer entusiasta alterna português lógico que ouvi o som das Deers, projeto de 4 miudas espanholas (Madrid) com skills notáveis no campo pop, bubblegum pop ou chamber se quiserem, "Trippy Gum" era simples e altamente viciante quando saiu no verão de 2014 considerado por muitos o ano da resposta europeia ao que a Austrália fazia no campo Psicadélico. Começaram a ganhar visibilidade na cena e foram solicitadas pela label clássica de garage lo-fi Burger Records.
Há uma certa ternura, sensualidade encontra inocência na estética da banda que depois compensa com composições muito "girl in love with boy who dont gives a shit" e é esse espirito que molda as melodias das suas músicas, como "Fat Calmed Kiddos", em que ouvimos as 4 dizer "text me while you are drunk". Estamos a falar de miudas assanhadas no final de contas, ainda incapazes de encontrar profundidade suficiente para exporem os seus desgostos de forma mais poética possivel, em vez disso fazem isso de forma despreocupada e mais divertida possivel, encontrando um equilibrio entre rapariga apaixonada sóbria e rapariga apaixonada bebêda. Há uma constante troca entre esses dois a cada faixa, sendo que no fim nunca se percebe se estas raparigas sofrem verdadeiramente do que escrevem.
Também não são as melhores musicas de sempre, estamos a falar de canções que por vezes só chegam a ter três a quatro acordes, no fim o que conquista o ouvinte é o constante desinteresse do grupo em falar a sério a dada altura e no fim conseguem faixas pop extemamente viciantes como "Bamboo" ou a faixa inicial "Garden", e são essas faixas solarentas que põem as Hinds no radar e não propriamente o disco como um todo. Como por exemplo, eu não estou á espera dum novo disco das Hinds, só quero mais músicas divertidas que me façam lembrar o verão e moleza e conforta-me saber que depois deste disco elas vão trabalhar em mais músicas destas, quem sabe se não elevam um bocado a fasquia da composição.










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