terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Décadas: Anos 70 (Continuação).

Era Punk/ Pós Punk/New Wave- Os melhores discos


Em 1973, Iggy pop e os Stooges iriam criar aquele que é o álbum pioneiro do Punk. "Raw Power", é visto como um exemplo, contendo letras particularmente violentas e hostis (Search and Destroy, Your Pretty Face Is Going to Hell...), sobre riffs simplistas (2 a 3 acordes), álbum que viria a ser um marco na música Hardcore, e viria a inspirar o Punk tanto nos Estados Unidos como na Grã-Bretanha. 
 Apesar da classe (ou falta dela), este é uma audição algo complexa, onde os ouvintes mais novatos nestes territórios terão alguma dificuldade a adaptar-se ao ambiente sempre tenso e agressivo do álbum, mas para aqueles que investirem verdadeiro tempo, irão encontrar uma experiência gratificante...


Se o Iggy Pop e os Stooges são considerados os Padrinhos do Punk, então os Ramones tem de ser os pais. Nenhuma outra banda esforçou-se tanto para introduzir o Punk na cultura Mainstream, e parece que estes nem tiveram de se esforçar muito...
 Ramones (Homónimo- 1976) soa a cliché, mas não de uma forma má. Como se este álbum fosse de alguma forma uma repetição, mas este sentimento é só para aqueles que descobriram a banda neste milénio, sendo que os vários hinos (Blitzkrieg Bob, beat on The Brat...) do gênero são introduzidos de forma "magnética" na sociedade de hoje, seja em filmes, publicidades...
 Este "Ramones" é o álbum máximo destes, banda que infelizmente, nos tempos de hoje, é reciclada, reutilizada e extremamente requisitada por pessoas que se calhar nunca ouviram esta obra-prima...

Do outro lado do oceano, os Sex Pistols com a sua marca de controvérsia, polêmica e decadência polémica, viriam a criar esta obra-prima "Nevermind The Bollocks". Metade da banda na altura vinha para os concertos ou bêbedos ou muito drogados, e de uma forma, era isso que as pessoas queriam dos Sex Pistols. Sexo Drogas e... bem, o então Punk.
 Infelizmente "Nevermind The Bollock" é o legado máximo da banda que se desvaneceu ofuscado pelo sucesso dos Ramones no outro lado do oceano, dos Wire e depois da inteira cena New Wave/Pós Punk, mas se pensarmos bem, era impossível imaginar estes gêneros sem pelo menos mencionar este álbum...
"Pink Flag" é daqueles álbuns que se olharmos para a contra-capa, parece um álbum que dura uma eternidade, e quem nos dera que durasse, se não fossem as muito curtas mas "orelhudas" músicas contidas no álbum, que a par de alguns já mencionados, é dos álbuns mais inovadores dos anos 70.
 "Three Girl Rumba", "Field Day For The Sundays", são alguns exemplos de faixas muito curtas, mas que desejamos nunca acabar. 
 Estes Senhores hoje ainda fazem música, mas por mais que vivam 200 anos, nunca irão fazer um álbum tão brilhante como "Pink Flag".


Outlando's D'amour revela os Police nas suas influências do Punk e do Reggae, e descobre também um vocalista incansável, Sting, que mais tarde viria a ter uma carreira brilhante a solo.
 Este apesar de ser o primeiro, acaba por ser o mais excitante, completo e altamente gratificante para aqueles que se derem ao trabalho de aprofundar a sua audição.

Brilhante em todos os sentidos, como é igualmente divertido e paródico, sendo que apresenta ao mundo hinos essenciais na história do Rock como "Rock Lobster" ou "52 Girls", sendo que este é essencial na prateleira de qualquer coleccionador "afincado".

Patti Smith revela-se nesta estreia absolutamente estonteante, à medida que a poetisa compõe sobre religião, amor e perda, sempre com os seus habituais escapes de Punk/New Wave.

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