segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

20 melhores álbuns do ano (Continuação).

Chegámos à reta final, a altura de todas as decisões! Qual vai ser o melhor álbum de 2014? Primeiro vamos começar de onde acabámos...

10º: Black Keys- Turn Blue
É de louvar a coragem que tiveram em sair da sua zona de conforto, para territórios hosteis e algo macabros.
 No entanto, e mesmo com essa brusca mudança sonora, no que toca a música eletrónica não é das melhores coisas que ouvimos este ano...

9º: Sensible Soccers- 8
Hipnótico. Nunca esperei ver uma banda portuguesa fazer psicadelismo tão "marado" como este. Os vocais intérditos são afogados por um mar de teclados e guitarras, fazendo deste álbum talvez o primeiro português com ideologias Dream Pop. No entanto, e como já se era de esperar de um álbum tão complexo como este, a audição é tudo menos fácil.

8º: FKA Twigs- LP1
Em LP1, Twigs liberta todas as suas ondas de sexualidade e sensualidade em temas Pop altamente intimistas, inventando sozinha a geração Nu-R&B. Este era um dos álbuns mais antecipados do ano, e como se não bastasse corresponder a essas expectativas, torna-se numa das estreias mais brilhantes de sempre.

7º: The War on Drugs- Lost In The Dream
Não me julguem por colocar este álbum nesta posição, mas, mesmo sendo quase perfeito, demora bastante tempo a que "a lenha faça fogo", e no meu caso, o fogo só começou a ateiar depois de uma 2º ou 3º audição, e isso para mim nunca é bom.

6º: Temples- Sun Structures
 Prova viva que no Século XXI o bom Pop Psicadélico não têm de vir inteiramente da Austrália, no entanto, os pontes fortes desta excelente estreia torna-os também nos mais fracos: O álbum esforça-se tanto para ser semelhante a um álbum psicadélico britânico de anos 60 que acabamos por não descobrir a verdadeira identidade da banda.

5º: Los Waves- This Is Los Waves So What
De longe para nós, o melhor álbum nacional do ano. So What é diverso sem nunca perder o seu rumo. As composições profundas e obscuras são perfeitas para quem gosta de desfragmentações complicadas. Os riffs solarentos fazem lembrar um psicadelismo tropical de anos 60. Os vocais entre melodias pop dão um toque descomplicado ao álbum. Deverá ser impossível para os Los Waves repetirem uma experiência tão boa quanto esta, tendo em conta o quanto este álbum foi aguardado, no entanto, se conseguirem essa proeza, um 5º lugar poderá já ser muito baixo...

4º: St. Vicent- St. Vicent
A imagem na capa diz tudo: St.Vicent sentada no trono, afirmando-se como uma diva imergente da música pop contemporânea, misturando Art Pop com Noise ou qualquer outro tipo de experimentação. As suas líricas sarcásticas e altamente superficiais tornam-na numas das compositoras mais faladas da cena Indie.

3º: Ty Segall- Manipulator
Com este álbum, Ty Segall deixa de ser uma promessa e torna-se numa lenda do Indie Pós-Moderno. Neste momento, não deverá haver artista mais hóstil com uma guitarra do que Segall, no entanto, não usa a distorção de forma desmedida, desgastando-a. Em vez disso, mistura ideias de composição Pop em sonoridades garageiras Punk, tornando o álbum absolutamente único.

2º: Metronomy- Love Letters
Não há melhores composições Pop que neste ábum. Os Metronomy conseguem obras-primas atrás de obras-primas graças ao poder de composição do grupo e mais: cada membro do grupo complementa-se de forma perfeita.

1º: Mac DeMarco- Salad Days
Não há palavras que descrevam este álbum. Eu às vezes pergunto-me como é que um hipster-amante-de-Rock-N-Roll-viciado-em-cigarros-Viceroy é capaz de no seu sotão ao qual ele chama Jizz Jazz studios escrever as músicas bonitas que alguma vez tive o prazer de ouvir.
 Com o tempo, Salad Days tornar-se-á num mito, tempo esse que fará Mac DeMarco uma das mentes mais brilhantes da música após Bob Dylan.

20 melhores álbuns do ano.

Chegamos ao final do ano, e como não podia deixar de ser, o MontijoSound escolhe os melhores álbuns do ano.
 Em destaque os Temples, Mac DeMarco ou Metronomy. A grande pergunta é quem fica em que lugar?  Quem sucede aos My Bloody Valentine e torna-se no melhor álbum de 2014 Pela MontijoSound?
 Apertem os cintos, a viagem por 2014 começa agora.

20°:  D'alva- Frescobol
Simplesmente demasiado para alguns...
 Mas a verdade é que um constante ataque a sintetizadores irados e vocais melódicos R&B confirmam os D'alva como os novos menininhos de ouro da música Pop portuguesa.
 Talvez com um grande segundo álbum, possam subir alguns lugares nesta lista. ..

19°: Foxygen- And Starpower
Pop suave e de descodificação fácil.  São estes os ingredientes que fazem deste um dos melhores álbuns do ano. Não sobe mais lugares porque para alguns, poderá ser simplesmente aborrecido.

18º: Perfume Genius- Too Bright   
Profundo e altamente espiritual. Em Too Bright ouvimos alguns dos temas mais intimistas do ano, para tornar Mike Hadreas num génio da nova era da música Pop espacial.

17º: Lykke Li- I Never Learn
Lykke Li traz-nos um Pop eletrónico frio, congelado, muito característico de bandas de países Nórdicos. Essa fórmula não cansa, e é de louvar o gigantesco esforço em inovar, seja em termos sonoros ou em termos de composição.

16º: Sharon Van Etten- We are There

Á simplesmente qualquer coisa de poético em Sharon Van Etten. Há uma grande áureola de dramatismo cinematográfico em torno da sua música. Essa deprimencia sonora só torna este albúm ainda mais belo. Ainda mais único.

15º: Interpol- El Pintor
Desde a sua estreia absoleta (Turn Of The Bright Lights 2002), já não viamos há bastante tempo os Interpol fazerem um esforço mínimo para recriarem esse som brilhante do Pós-Punk Revival de novo milénio. El Pintor é um passo para a frente, mas depois de tantos passos dados para trás, ainda não confiamos totalmente...

14º: Real Estate- Atlas
Meninos de ouro da música Indie Norte-Americana, são daquelas bandas que daqui a algumas dezenas de anos serão consideradas de culto, mas Atlas é muito parecido a tudo que já ouvimos deles.
 Deixam também "Primitive", um dos melhores temas do ano.

13º: Future Islands- Singles
Depois de constantes esforços eletrónicos, quase para-pista-de-dança-orientados, os Future Islands arriscam tudo que têm numa nova personalidade Pop muito influenciado pela New Wave e depositam todas as suas esperanças no icónico vocalista Samuel Herring, que aqui sobressaí como nunca. Arriscaram e adivinhem? Ganharam.

12º: Capitão Fausto- Pesar o Sol
O primeiro álbum já tinha sido bom (Gazela), mas é este que torna finalmente os Capitão Fausto imortais. Hinos Pop Psicadélicos em português hoje é raro encontrar, principalmente com a consistência destes.

11º: Tune-Yards- Nikki Nack
Eclético, divertido e altamente contagiante, é assim a viagem por este álbum, há medida que as Tune-Yards dão-nos a conhecer a sua visão distorcida de música Pop.

(Continua...)

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Entrevista exclusiva aos Los Waves: "Como não temos rádio ou televisão sabemos sempre de outros amigos que a nossa música passou em tal sitio".

É verdade. O MontijoSound teve o grande prazer de entrevistar os grandes, os magnificos... Los Waves!
 Porquê grandes? Magníficos sequer? Grandes porque conseguiram proezas maiores num EP que uma banda num álbum, e magníficos porque depois da proeza do EP, conseguiram um álbum simplesmente magnifico.
 No ano passado "I Got a Feeling" teve a honra de ser considerado pelo nosso site como o single do ano, e senhores, no que toca a álbuns, não prometo a "This Is Los Waves So What" menos que um lugar nos 5 primeiros.
 Descontraídos, alegres e sempre com um ar bastante hippie anos 70. Foi neste tom que responderam às perguntas que enviámos, onde desvendaram mistérios que à muito ansiáva-mos serem descobertos...
 Vamos descobrir?

Montijo Sound- Desde já muito obrigado pelo tempo que disponibilizaram a responder a estas perguntas e pessoalmente, quero dizer-vos que sou muito vosso fã, e espero que me continuem a dar razões para o ser.

Los Waves- Muito obrigado, e esperamos não desiludir (risos).

MontijoSound- Antes de mais, sendo o José português e o Jean River de Londres, como é que vocês se conheceram?

Los Waves- (Muitos risos) Nós somos os dois portugueses, o Jean River foi uma brincadeira que tivemos durante um dia ou dois no facebook em que trocámos os nomes dos membros da banda e fizemos uma tradução de Jorge Ribeiro para o inglês- Jean River- (Risos). Por sorte ou azar, nessa janela de dois dias houve um jornal ou publicação a escrever artigos sobre nós e tiraram essa info do Facebook. A partir daí começou a aparecer o nome Jean River, agora nem sabemos se havemos de assumir o nome ou não! Nós conhecemo-nos nas Caldas da Rainha, eu (Jorge) ouvi dizer que em casa do Zé se ensaiava e tocavam-se covers de músicas dos Nirvana, tinha comprado uma guitarra há um mês e parecia-me extremamente apelativo. Começei a ir lá ensaiar e ao segundo já estávamos a trabalhar em originais, o que acabou por se tornar bastante aborrecido para a malta que lá ia antes de mim, e acabou por sobrar só eu e o Zé.

MontijoSound- Porquê divulgar, ensaiar e gravar em Portugal e não em Londres onde estiveram, sendo um sítio bastante mais desenvolvido culturalmente?

Los Waves- Fomos para Londres porque algumas editoras e managers entraram em contacto connosco e que se a colaboração fosse para a frente não nos teríamos de preocupar com a divulgação. Passados alguns meses as coisas acabaram por não funcionar porque todos queriam tornar o nosso projeto num act eletrónico, tipo Dj Set, o que não era mesmo o que queríamos. Acabámos por ficar por nossa conta e foi aí que começámos a dar alguns concertos e a obter resultados do nosso trabalho. Ou seja, tudo o que podemos fazer da divulgação por nossa conta, fizemos, o resto era simplesmente demasiado caro, não tínhamos esse dinheiro, aliás, mal dava para sobreviver na altura, andávamos sempre a pé, às vezes durante horas para conseguirmos poupar algum dinheiro, mas foi neste processo que conhecemos várias pessoas que acabaram por trabalhar connosco, por exemplo, em pitchings para a televisão. Na verdade não estávamos a pensar em investir em Portugal no início. Viemos para Portugal de férias em Dezembro, porque basicamente em Dezembro e finais de Janeiro a indústria musical pára completamente, e nessa altura enviámos a nossa música ao Henrique Amaro e ele basicamente quis editar-nos na Optimus Discos e rapidamente surgiram convites para tocar em vários sítios, e fomos adiando aos poucos a nossa viagem de volta para Londres há medida que foram surgindo oportunidades maiores nesse ano (Milhões de Festa, Paredes de Coura, etc.)...

  "Na verdade, no início, não estávamos a pensar em investir em Portugal..."

MontijoSound- O vosso processo de escrita é um processo demorado e complexo ou livre e relativamente rápido?

Los Waves- Pode-se dizer que é tipo um puzzle, nós trabalhamos muito separadamente... Raramente, ou nunca fizemos uma jam, daquelas de ambiente descontraído onde se bebem cervejas e se convive, foi sempre tudo muito encarado como um projeto legítimo do que propriamente um grupo de amigos que se junta para tocar. gravamos muitas partes e muitas ideias e no fim tentamos que elas naturalmente se encontrem e se casem eventualmente, o que normalmente acaba por acontecer de uma forma muito fluída.

MontijoSound- Por exemplo, vocês sentam-se e fazem um brainstorm de ideias e depois encaixam na letra essas ideias ou pegam numa caneta e escrevem a primeira coisa que vos vier à cabeça?

Los Waves (Jorge)- No que diz respeito às letras, vou escrevendo ao longo dos meses bastantes coisas num caderno, a maior parte delas de forma bastante intuitiva. Em muitas poucas ocasiões escrevi coisas a saber muito bem o que queria.
 Tudo parece vir dum lugar que existe numa outra dimensão qualquer flutuante à qual bebemos letras, ideias, músicas... Parece acontecer com tudo. Como se tudo já existisse e nós só nos encarregamos de trazer isso para o mundo físico. Como normalmente as melodias de voz vêm antes da letra em si, tento mais ou menos ver o feeling da música e para onde a queremos levar e ver que textos se encaixariam melhor e a partir daí moldar o texto à melodia.

José Tornada (à esq.) e "Jean River" (à dir.)... Os Los Waves

MontijoSound- Normalmente qual é o principal tema de uma canção vossa?

Los Waves- No início tinham muito a ver com uma temática mais mística, metafísica, holística... Com uma viragem mais Rock tornaram-se mais urbanos, mais emocionais, mais a ver com pessoas e relações, dessa parte não dá mesmo para escapar (risos)!

MontijoSound- Sendo que considero "Got a Feeling" a banda sonora do meu Verão 2014, eu tenho de saber, do que é que fala a música? No videoclip eu vejo um grupo de rapazes a terem "The Time Of Their Lives!", mas há pessoas que interpretam a música como sendo simplesmente uma música de amor, mas eu gosto de pensar que a música fala de algo muito maior que isso... Repetindo a questão, do que fala a música?

Los Waves- A "Got A Feeling" fala basicamente da caminhada da humanidade rumo a um estado de maior consciência e espiritualidade: "Endless Twirling Snakes" significa o infinito e os ciclos infinitos do universo (ouroboros), e claro o refrão "We Got a Rush That's Guiding us Towards The Light", que fala também do perigo que é entrar nessa "modinha" da espiritualidade que agora parece estar em voga e que pode também tornar-nos muito apáticos e menos humanos para com quem nos rodeia: "I Know You're Longing, But There's So Much To Do Baby", no sentido que há muita coisa a acontecer à nossa volta que precisa de acções pequenas, físicas, palpáveis, físicas, contrárias aquela atitude estado de transe espiritual, de que tudo está bem e energia positiva e blá blá blá... No fundo um estado de alienação, cujo é preciso balancear estas duas coisas...

Los Waves- Got a Feeling


MontijoSound- Uau, essa foi profunda... A vossa música psicadélica solarenta é feita para uma só estação ou para todo o tipo de ocasiões?

Los Waves- Diríamos que é feita para todas as ocasiões, durante o Verão para aproveitar o sol, ao ouvir no no carro ao ir ou vir da praia ou mesmo durante o Inverno para ajudar a passar o frio e pensar já no próximo Verão seguinte!
      "Raramente escrevemos letras a pensar        exatamente no que queremos..."

MontijoSound- Para quem escrevem as vossas canções? Em quem pensam?

Los Waves- Tentamos manter um equilíbrio saudável entre escrever para nós mesmos e escrever para uma ideia abstrata de público, ou seja, escrever com uma preocupação que nos faz ser mais exigentes, como gostamos de trabalhar as músicas mais em forma de canções, escrever de uma forma friendly acaba por nos ser a nós mais natural...

MontijoSound- É impossível ouvir a vossa música sem pensar em MGMT ou Tame Impala... Acham a vossa música remotamente parecida à dos vossos "congéneres" ou acham que a vossa música é livre de rótulos?

Los Waves- Entendemos de facto essas comparações, talvez mais na nossa fase mais antiga, principalmente com MGMT, e Tame Impala num ou outro momento... na fase mais Rock já fugimos bastante a isso. De facto o álbum é tão diverso que já estamos com mil e uma identidades, quer isso seja bom ou mau!

MontijoSound- Numa extensão da pergunta anterior, acham-se em posição de se tornarem nuns "Tame Impala portugueses", ou a vossa música é feita para algo ainda mais grandioso do que isso?

Los Waves- (Muitos Risos) Não, não é algo que nos diga muito neste momento em termos de influência e já há cá pretendentes suficientes e muito mais fiéis a esse título!

Los Waves no Vodafone Bus em 2013, em pleno Vodafone Mexefeste, em Lisboa.

MontijoSound- No Vodafone Mexefest 2013, onde também tocou o meu primo (Alex D'alva Teixeira) vocês tocaram num autocarro em andamento (Risos)... Qual foi a maior dificuldade de tocar nessas condições? Acham que foi uma experiência divertida ou pensam nunca mais na vida repetir a graçinha?

Los Waves-(Muitos Risos) Foi o melhor concerto até agora! Ou pelo menos o mais divertido sem dúvida! 
 Foi bastante difícil, estávamos sempre a cair para o lado e tivemos que colar tudo com fita-cola, até o nosso baixista estava colado com fita-cola ao autocarro para não cair (risos). 
 Para o final da noite como o público estava bastante participativo começámos a passar Boys Noize no final de cada cinco músicas e ai então é que foi a festa!

MontijoSound- Sentem um feedback positivo do público?

Los Waves- Sim, ultimamente temos ficado bastante contentes quando vemos pessoas a cantar as nossa músicas. Isso têm acontecido em quase todos os lugares com a "Darling" e a "Strange Kind of Love", mas especialmente com a "Darling", acho que é a mais imediata de todas talvez. Ao ínicio dos concertos é sempre difícil quebrar o gelo e nós não somos também as pessoas mais comunicativas do mundo em palco, não temos muito esse lado "enterteiner", mas como vamos sempre aumentando o ritmo ao longo de todo o concerto, vamos tentando que as músicas façam em si esse papel. Agora com um baterista meio-louco, a tarefa torna-se agora bastante mais fácil (risos).

Los Waves- Darling



 MontijoSound- Qual é a música que mais gozo vos dá tocar ao vivo e porquê?

Los Waves- Talvez a "Got A Feeling". Fizemos uma versão extendida que nos faz lembrar algo muito tipo 70's Rock, mas que têm um ritmo que nos faz curtir mais do que em qualquer outra!

MontijoSound- Na minha mente, imagino-vos nas palmeiras de Coachella a tocar a seguir dos Pond (Risos)... Que sitio vos daria mais gozo tocar?

Los Waves- Sinceramente... Talvez ai mesmo! Estamos a ver perfeitamente o cenário! Talvez nem tanto pelo concerto em si mas por saber que nesses dias podiamos disfrutar do contexto em si: do sol, fazer um bom surf... E talvez as musicas resultassem bem ai, acho que a malta ia entrar na onda facilmente...

MontijoSound- Durante os vossos concertos, como é que avaliam o vosso público de 0 a 10?

Los Waves- (Risos) É difícil qualificar mas talvez um 8? Há sítios em que as pessoas não nos conhecem muito bem, nesses guardamos a avaliação para o final do período?

MontijoSound- No dia 13 de Novembro iniciaram uma tour pelo pais... Acham que cresceram com a experiência, ou isto não é nada? Querem mais?

Los Waves- É sempre bom, embora sinceramente queiramos sempre mais... Estamos a gostar bastante de estar em todos os lados. Há sempre coisas bonitas e interessantes em todos os lados, mesmo na aldeia mais pequena de Trás-Os-Montes. Estamos a tentar organizar uma tour pela Europa, vamos ver no que dá...

MontijoSound- O vosso EP garantiu-vos tempo precioso de airplay em rádios internacionalmente conhecidas e mesmo na televisão... Como é que ficam quando ouvem a vossa música nesses meios de comunicação?

Los Waves- É sempre bom claro, mas normalmente sabemos por amigos que nos dizem, como não ouvimos rádio e nem televisão temos (Risos) são sempre os amigos que chegam-se a nós e dizem-nos "Hey, ouvi-vos em tal sitio"...

"Sinceramente, imaginamo-nos mesmo a tocar em Coachella, mas não inteiramente pela música"...

MontijoSound- Quais são as vossas maiores influências?

Los Waves- Complicado encontrá-las em Los Waves (Risos), mas, Cat Power, Devendra Banhart, Anthony and the Jonhsons, MGMT, Gal Costa, The Strokes, Caetano Veloso, Feist, Jonh Lennon e muitas baladas dos anos 80...

MontijoSound- O quê que têm gostado mais de ouvir este ano?

Los Waves- Assim de coisas mais recentes... Talvez Foxygen... Muita música brasileira, Bossa Nova... Estamos a voltar muito às baladas porque estamos a teabalhar em músicas novas. Vamos tentar que isso seja influência e tentar uma on da mais Rock/New Wave...


Foxygen- How Can You really 

MontijoSound- Por onde é que vão estar nos próximos meses? Mandem vir umas datas...

Los Waves- Ainda não temos nada confirmado... Vamos ter dois festivais no Norte no próximo Verão que ai vem, mas ainda não sabemos data concreta portanto é melhor não dizermos nada, não vá acontecer alguma coisa...

MontijoSound- E por último, depois desta brilhante estreia em longas durações  (This is Los Waves So What) o quê que se segue agora?

Los Waves- Estamos a trabalhar em músicas novas, e estamos a gravar uma live performance/videoclip que é um pouco das duas coisas juntas, ou seja, um mini-live formato videoclip para 4 temas ou 5...

MontijoSound- Bem José, "Jean River" ou como chamamos-te aqui na redacção "O inglês" (Muitos Risos), José Ribeiro, Los Waves, muito obrigado, mesmo, por nos terem concedido esta entrevista. Nós aqui no Montijo adorava-mos que viessem um dia tocar aqui algum dia. O vosso álbum é mesmo uma obra-prima e mereceu grandes críticas não só de nós  (MontijoSound) como também, aposto, do resto da critica especializada.
 Da nossa parte um grande abraço, um Feliz Natal e um próspero ano Novo!
 Mandem vir cumprimentos (Risos)...

Los Waves- Oh, muito obrigado! Então fica um grande abraço dos Los Waves para o Montijo Sound e para todos ai na redacção, e como estamos nesta época de final de ano, não podemos deixar de desejar que abusem nos doces e que tenham um 2015 incrivelmente bom!


segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Love Letters dos Metronomy é a musica da semana MS.

Talvez um dos melhores grupos a fazer música pop fora da Austrália ou Estados Unidos, os Britânicos Metronomy são um caso peculiar de criatividade crescente. Não se asemelham a ninguém e têm um visual único.
 Com "The Look" de trabalhos anteriores ganharam notoriedade global e tornaram-se numa das bandas mais requisitadas nos principais festivais de circuitos independentes, mas foi com este "novo" (Março) "Love Letters" que consolidaram essa notoriedade e tornaram-se numa das principais bandas da seguna década do século XXI.
 Desse álbum extrai-se a música do mesmo nome, "Love Letters", uma autêntica obra-prima que já devia estar nesta lista há mais tempo e que garante um lugar no top 50 no final de ano, e posso garantir-vos que não será menos que o top 10...

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

O MontijoSound completa 1 ano de aniversário.

Parabéns a todos aqueles amantes de música: Do Indie, ao rock, pop, avant-garde, eletrónica, psicadélica, new-wave, noise-rock, noise-pop, shoegaze...
 Aos festivaleiros, aos leitores ferrenhos, e a todos aqueles que nos têm acompanhado ao longo de 365 dias sem parar, sempre a respirar música.
 Às bandas portuguesas, inglesas, americanas, islandesas, às bandas de todo o mundo!
 Este site é vosso.
 Como tradição, no dia 30 de Dezembro apresentaremos a lista das 50 melhores músicas do ano e top 20 dos melhores álbuns do ano, teremos uma entrevista exclusiva aos Los Waves e antes do final do ano, anunciaremos os vencedores do passatempo "Logo MontijoSound", onde apresentaremos o novo logo do site.
 Estamos juntos, quer queiram, quer não.

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