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segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

MontijoSound apresenta: "A Escolha da Semana", com Alex D'alva Teixeira

Foi neste ultimo verão que descobri esta banda chilena. Os ASTRO sao de Santiago e na semana passada estrearam um video novo atraves da H&M Life. Liderados por Andrés Nusser, editaram em 2011 um álbum homónimo que apesar de ser inteiramente cantado em espanhol, recebeu imensa atenção da imprensa americana. Temos a vantagem de falar uma língua muito semelhante, e por isso é fácil perceber as letras com inspiração astral, tropical e até mesmo fantástica. No ano passado tocaram no Lollapalooza, e também no Primavera Sound de Barcelona. Se vocês jogaram FIFA 13 provavelmente já ouviram Panda, uma can��o que "bate bu�" mas tem um vídeo NSFW. Neste momento é uma das bandas que mais quero ver ao vivo, devido ás suas actuações contagiantes, capazes de cativar qualquer um, espero que os promotores de festivais portugueses "abram a pestana", e que tragam para terras lusas esta banda que dá uma óptima lição de como fazer boa música POP à séria. Vejam os vídeos todos: Colombo, Ciervos, e este novo Manglares.


segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

MontijoSound apresenta: "As escolhas do D'alva", com Alex D'alva Teixeira.

Esta semana estou extremamente saudoso do Boiler Room Lisboa, que aconteceu na passada sexta-feira 17. Ainda bem que pude estar presente, pois foi sem duvida uma das melhores celebrações da musica de dança feita em Portugal, e por isso esta semana quis escolher um video de uma banda que fez parte do alinhamento deste evento.
O meu egocentrismo levar-me-ia a escolher o "Time Out" do Branko pelos motivos óbvios, mas façam o download gratuito da sua mixtape, uma das melhores cenas de 2013. Se quisesse apenas cingir-me apenas a trazer novidades a este blog, aqui estaria o novo "Please Please Please" dos Octa Push, que estreiou na semana passada, e apesar de estarmos no inicio do ano este poderá ser possivelmente o melhor video português de 2014. A minha escolha é um video de 2011 de duas bandas que se juntaram para serem uma só. Throes + The Shine, são do Porto e tocam Rockuduro, este é o nome do disco criado pela fusão de uma banda de rock/hardcore e um duo do Kuduro. Escolhi este video pois a actuação deles foi a mais fisica e contagiante daquela noite! Para alguém como eu que gosta de ver os concertos de perto, e vive-los intensamente, não há nada melhor do que este cocktail explosivo de energia e intensidade do punk-rock com o balanço do kuduro. Por certo este concerto irá permanecer na minha memoria durante imenso tempo.
Throes + The Shine são quem vão dar "Batida" e vai bater grave!


domingo, 12 de janeiro de 2014

MontijoSound apresenta: "As escolhas do D'alva", com Alex D'alva Teixeira.

Quando aceitei o convite para colaborar com este blog, achei que seria um "no brainer", afinal, o que teria de fazer não seria muito diferente do que costumo fazer no meu, no entanto a tarefa de escolher o primeiro video da semana não foi propriamente fácil, pois não sabia se escolheria o meu favorito do ano passado, um clássico, ou até mesmo um video com alguma ligação à musica que faço. As possibilidades eram inúmeras, por isso resolvi simplificar tudo e escolher um video com a musica que mais tem despertado o meu entusiasmo nos meus últimos dias.

FKA Twigs, é o nome daquela que considero ser uma das maiores revelações de 2013, uma artista londrina que edita sob o selo Young Turks, editora celebrizada pelos The XX. É provavelmente o que mais tenho escutado pelo Spotify, Soundcloud e até mesmo no Youtube, e tenho de destacar o EP 2 em especial, pois este conta com a produção do venezuelano ARCA, um dos colaboradores de Kanye West no muito aclamado Yeezus. Também acho importante referir o seu ultimo lançamento &&&&& que é parte de uma peça exposta no (Museu de Arte Moderna) MoMA em colaboração com Jesse Kanda, o realizador deste video. Num só video uma equipa claramente vencedora! É evidente a excelência presente, nos timbres e ritmos tão inebriantes, na doçura da voz, no peso das palavras e também na componente visual capaz de alargar a nossa imaginação. Honestamente não sei bem como definir a música de FKA Twigs, mesmo com a existência de rótulos como "nu-r&b", "glitch-wave" e até mesmo "post-internet", mas na verdade não há qualquer necessidade de recorrer a etiquetagem, para perceber que esta forma de pensar e fazer música, é um dos melhores frutos desta nova geração de musica urbana e electrónica.


quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

MontijoSound Apresenta: Décadas: Anos 70

Anos 70. Nessa altura já muito havia acontecido. È verdade que os Beatles já não faziam música... Lou Reed inicia a sua carreira brilhante a solo, mas é devido a estes artistas (e muitos outros nos anos 60) que iriamos assistir ao inicio da explosão da música hardcore (Metal, Punk), mas também ao inicio da New Wave/Pós Punk, mas lógico que não podíamos deixar de falar no Rock Psicadélico/rock Psicadélico, no Disco, Glam Rock...
 Enfim, apertem os cintos, entrem no vosso Delorean, porque vamos voltar atrás no tempo até aos ANOS 70!

Rock Psicadélico/Rock de Garagem/Rock Progressivo
Ainda nos destroços do Woodstock (ao virar da década), um grande grupo de bandas de garagem começavam a continuar o grande legado do Rock Psicadélico deixado para trás nos anos 60. Pink Floyd é uma delas...

Apareceram em 1965 quando ainda estudavam Arquitectura na Universidade Politécnica de Londres. Roger Waters, Syd Barret, Rick Wright e Nick Mason começaram a tocar juntos no mesmo ano e em 1967 já editavam o seu primeiro álbum "The Pipes at The Gates of Dawn", visto como um álbum brilhante, que captava a banda ainda numa fase ambulatória. O álbum chegou ao top 6 das tabela britânicas. A banda fazia experimentações no Avant-Garde, e no Progressivo sendo que o álbum torna-se muito influente para as bandas de Rock Prog da altura.
 Mais 6 álbuns seriam feitos antes de 1973, onde os Pink Floyd chegariam a um nível absoluto de perfeição, sendo que este tornaria-se num marco dos anos 70, e que capta a banda (apesar de até lá jovem) no auge da sua carreira.

Capa extremante conhecida pelo seu triângulo
e o arco-íris a atravessá-lo. 
O álbum não só dava reconhecimento crítico á banda, sendo que os críticos da altura descreviam o álbum como "sem precedentes" e "uma viagem que assim que começa, desejamos nunca acabar", como também dava á banda reconhecimento comercial, sendo que entrou nas paradas britânicas e por lá ficou 741 semanas, estabelecendo novos recordes na música.
 The Dark Side Of The Moon provaria ser crucial, não só na constituição das principais bandas de Rock Progressivo/Psicadélico da altura (Yes, Genesis, The Moody Blues) como também crucial e altamente influente no Rock Psicadélico dos tempos modernos (Portugal, The Man, Splashh, Tame Impala, The Falming Lips).

Mais dois grandes álbuns seriam feitos pelos Pink Floyd á medida que os anos 70 passavam (Wish You Were Here/The Wall (1975/1979) ), mas "The Dark Side of The Moon é um dos momentos chave dos anos 70, que só agora começavam. Afinal estávamos em 1973.
 
O Metal (proveniente dos American Blues), e o Heavy Metal
Aproveitando os Blues dos anos 60, havia um grupo de bandas que recriava os Blues, mas de forma altamente violenta, violência essa causada por riffs altamente amplificados, sempre utilizando a mesma fórmula dos Blues mas de forma rápida e volátil. A isto nós chamamos "Metal". Indiscutivelmente a primeira banda de Metal de Sempre é os Led Zeppelin.

 De 1969 a 1975, estes com os seus conceptuais, brilhantes álbuns, revolucionavam o Metal, á medida que outras bandas seguiam o seu rasto. Black Sabbath era uma delas, criando letras de uma imaginação fértil que iriam redefinir o género vezes e vezes sem conta. Paranoid é considerado por muitos o hino do metal.
Eventualmente, o Metal espalharia-se à volta do mundo tornando-se viral, sendo que do outro lado do atlântico, várias bandas criavam Metal muito mais acessível ao Mainstream e muito mais antémico:
 Desde Alice Cooper e as suas actuações ao vivo extremamente polémicas, sempre muito caracterizado também pelo seu visual Glam único, que descreve na perfeição as influências da altura.
 
Os Kiss também eram conhecidos pelas suas actuações caóticas ao vivo, mas protagonizam alguns dos maiores hinos de Rock do século XX. Também são muito conhecidos pelo visual, sendo que cada membro utilizava uma máscara, na altura sendo este um visual inédito, que seria mais tarde imitado por bandas como Limp Bizkit ou Slipknot.
 Aerosmith, Van Halen ou os Australianos AC-DC, também seriam importantes bandas de Metal nos anos 70.
 À medida que as décadas iam passando, o Metal ia ganhando novas peles: Folk Metal, Groove Metal, Trash Metal (Visto como a forma mais violenta de Metal hoje).
 O Rap Metal e o Nu Metal também seriam importantes nos anos 90.

Os anos 70 continuam na próxima postagem

domingo, 5 de janeiro de 2014

Decadas: Anos 60 (Continuação).

Nos anos 60 na Califórnia, havia um movimento musical meramente regional chamado "Surf Rock". este grupo não só inventou o género como também foi dos poucos grupos a rivalizar com os Beatles não só em termos comerciais como em termos críticos. Apresentamos, os Beach Boys.
Começaram em 1962 quando os irmãos Wilson, compostos por Brian, Dennis and Carl Wilson juntaram-se aos primo Mike Love e ao amigo Al Jardine. Os Beach Boys estavam compostos, e prontos para arrebatar Califórnia. Estava na moda ouvir Surf Rock. As raparigas gostavam, os rapazes gostavam. Era calor, praia e Surf Rock. Mas o que era Surf Rock? Ritmos de bateria rápidos com riffs de guitarra normalmente utilizando dois a três acordes. Alguns especialistas consideram os Beach Boys como um dos pioneiros do Punk.
 De 1962 a 1965 os Beach Boys lançaram mais de 10 álbuns, mas houve um álbum que fez com que a banda deixa-se de ser um fenómeno regional e fez com que a banda tornasse a ser um fenómeno mundial.

Pet Sounds (1966) para aclamação critica e comercial, sendo que tornou-se instantaneamente num clássico absoluto. Os Beach Boys chegavam a um outro nível de composição, criando melodias sinfónicas, sendo que deste álbum retira-se exemplos perfeitos do Pop feito na altura: "Im waiting for the day", "Sloop Jonh B", "God only Knows", mas aquela que é das músicas mais influentes de todos os tempos: "Wouldn't It be Nice".
 A verdade é que os Beach Boys iriam fazer muitos mais álbuns (E ainda fazem), mas nenhum chegara ao nível de perfeição como em "Pet Sounds", que é um dos momentos chave dos anos 60.


Seguido por muitos, conhecido por poucos, diz-se que este homem não só é um dos inventores da Composição Radical nos anos 60, como também é um dos vários artistas que sempre fez tudo para estar à frente dos seus contemporâneos, sempre com obras-primas de uma influência tremenda sobre a sociedade, e sobre vários artistas que viriam depois dele. Apresentamos o génio: Frank Zappa.
Em 1958 após já ter mudado de escola por 17 vezes, Zappa graduava-se na Universidade de Lancaster. O seu gosto por música aumentava à medida que crescia, ganhando muito gosto por R&B. Em 1955, Zappa era baterista numa pequena banda na cidade, à medida que ganhava também muito interesse pela música clássica Avant-Garde. Nessa altura, Zappa já tinha estudado em várias escolas de música, e passava da bateria para a guitarra.
 Em 1964, Zappa entrou em vários filmes de baixo orçamento e tocava em várias bandas, onde num estúdio de gravação conheceu Paul Buff, que era dono do mesmo. Zapa e Buff começaram a escrever músicas Pop, e em 1964, Zappa comprou o estúdio de gravação a Buff, que se situava em Cumagonga (Califórnia) e mudou o nome do estúdio para Studio Z.
 Em 1965, após ter sido preso por 10 dias, Zappa muda-se para Los Angeles e entra numa banda chamada Soul Giants, cujo seu grande amigo e vocalista Ray Collins estava na banda, juntamente com o baixista Roy Estrada e o baterista Jimmy Carl Black. Zappa convenceu os membros da banda a usarem as suas composições originais em vez de covers e ainda convenceu a banda a mudar o nome para "The Mothers".
 Em pouco tempo, "The Mothers" conseguiam um agente, Herb Cohen e audições para tocar em clubes de música locais. Tom Wilson (Verve Records) viu-os tocar uma vez num clube e contratou-os para assinar pela sua editora, que na altura era uma subsidiária da MGM, sendo que a Verve Records exigia que a banda mudasse o nome para "The Mothers of Invention".
 Em 1965, já com o guitarrista Elliot Ingber recrutado, Frank Zappa e os "Mothers of Invention" gravavam o seu primeiro álbum.
Em 1966, Freak Out saia. As vendas eram algo decepcionantes nas primeiras semanas, mas eventualmente, Freak Out entrava na Billboard 200, passando 23 semanas lá.
 O álbum, continha letras satíricas mas muito convencionais, onde Zappa fazia muitas explorações seja nas composições directas de Pop, seja no Proto-Punk de dois acordes (na altura inédito), seja no Art Rock ou nas experimentações mais progressivas. Iria demorar décadas até o álbum finalmente ser reconhecido como um dos mais importantes de sempre, crucial na moldagem do Rock moderno.
 Em 1967, a banda mudava-se para Nova Iorque. Zappa já trabalhava no seu primeiro longa-duração a solo e Fielder já havia abandonado o grupo, Ian Underwood iria juntar-se ao grupo e iria fazer parte do alinhamento quando no mesmo ano, o segundo álbum dos "Mothers" saia, este intitulado "We're only In It For The Money". Demorou algum tempo a ser lançado devido a alguns problemas legais, dado que a banda era acusada de criar uma capa paródica ao do álbum dos Beatles "Sgt Peppers Lonely Hearts Club Band".
 No mesmo ano, e após os problemas do álbum já estarem resolvidos, a banda fez a sua primeira tournêe Europeia. O álbum chegaria ao número 30 da Billboard 200.


Após 5 álbuns com a Verve, Zappa e os "Mothers" ainda deviam mais um álbum à editora, e em 1969, "Uncle Meat" era lançado. Nessa altura, Billy Mundi (baterista) já havia abandonado a banda e substituído por Arthur Dyer Tripp III. Ray Colllins (guitarra) também já havia abandonado a banda, também substituído por Lowell George.
 O álbum entrou no Top 50 e ficou por lá durante 12 semanas. Era um ambicioso duplo-álbum, sempre com as ideias e sentimentos de Zappa brutalmente expostos nas letras e via a banda numa fase muito mais Instrumental e experimental.


Ainda na década de 60, Zappa e os "Mothers" lançariam "Hot Rats". Como já era habitual nas bandas Avant-Garde da altura, o seu reconhecimento só viria anos mais tarde, sendo que Zappa deixaria um legado enorme em mais de meia década de século.
 Eventualmente, Zappa morreria em 1993, hoje visto como um dos grandes heróis da revolução do Rock.

Iremos continuar, nos fabulosos anos 70...

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

MontijoSound apresenta: Décadas: Os anos 60.

Os anos 60. No que as pessoas pensam quando se fala dos anos 60? Jonh F. Kennedy, de forma surpreendente ganha as eleições e torna-se no 35º presidente dos Estados Unidos da América. Neil Armstrong torna-se no primeiro homem a pisar a Lua. Foi também a década das primeiras transmissões televisivas a cores.
 Mas havia uma coisa ainda mais importante a acontecer nos anos 60: a música. Seria nesta década que começaria a explosão do Rock n' Roll. A grande invasão britânica começaria e não iria mais acabar.
 Quem começou com essa grande revolução? Quem mais?? Os Beatles...
Quatro rapazinhos com o cabelo impecavelmente arranjado, fato e gravata e com as vozes mais lindas que alguém ouviria. Foram graças a eles que Liverpool entrou no mapa da música.
 Em 1963, Os Beatles tornavam-se num fenómeno Global depois do êxito Universal "Please, Please Me", que escalava até ao número 1 das tabelas musicais no Reino Unido.
 Depois do êxito de "Please, Please Me", estes apressavam-se para lançar o primeiro disco que sairia no mesmo ano (1963). O álbum seria um enorme êxito comercial e a banda já era vista como "a melhor banda do mundo". O álbum de estreia teria o mesmo nome que esse grande êxito "Please, Please Me" e estava carregado de êxitos, mas outro dos principais êxitos da banda estava na última faixa do álbum e chamava-se "Twist and Shout", single que seria o hino de um estilo de dança na época chamado o "Twist" e também numa das maiores faixas dos anos 60.


 Os anos passavam, e os "Beats" ganhavam cada vez mais notoriedade global. Sucedendo a "Please, Please Me" Os Beatles continuavam a lançar obras-primas atrás de obras-primas: "With the Beatles" (1963), "Meet The Beatles" (1964) lançado no ano em os Beatles, faziam história, quando em Fevereiro de 1964, estes desembarcavam em Nova Iorque, sendo esta imagem uma das imagens mais valiosas de sempre. "A Hard Day's Night" foi o primeiro álbum 100% original dos Beatles, como sempre carregado de êxitos, mas o mais importante deste álbum era "Can't Buy Me love". De 1964 a 1965, mais 7 álbuns seriam lançados, todos eles com a sua importância, mas foi em 1967 que os Beatles lançariam o primeiro de três dos mais importantes álbuns de sempre "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band" é visto como um dos álbuns mais importantes da história da música, intensificando a opinião que o mundo tinha dos Beatles: "A melhor banda do mundo". Este álbum via uma outra face até lá desconhecida dos Beatles, uma face mais experimental, com arranjos Psicadélicos, na altura desconhecidos do Mainstream.

 Seria em 1968 que os Beatles lançariam aquele que é considerado o álbum mais influente da história da música: "White Album" era lançado. Era um duplo-disco, de música experimental, muito diferente daquilo que os fãs estavam habituados a ouvir desde a fase inicial da banda. Cheio de arranjos Psicadélicos e com os Beatles já em fase decrescente.
 Os Beatles iriam desaparecer na nebulosa do Proto-Punk no inicio dos anos 70, mas deixariam ainda "Abbey Road", o legado máximo dos Beatles, visto hoje como o maior álbum de todos os tempos para muitas publicações de música e é o último grande álbum dos Beatles, que hoje, são vistos não só como uma das bandas mais importantes de sempre, como também responsáveis pela moldagem da música Pop que nós ouvimos hoje.

O Reino Unido estava a explodir (Rolling Stones, The Beatles, The Kinks), mas no outro lado do oceano, havia uma banda Nova-Iorquina que iria mudar para sempre as regras da música. Apresentamos, os The Velvet Underground.

Lou Reed adorava Pop, Rock n' Roll, e depois de se graduar na Universidade de Syracuse, Reed viria a trabalhar na Pickwick Records, onde era um compositor residente. Foi lá onde Reed conheceu Jonh Cale, Galês que mudara-se para Nova Iorque com intuito de fazer "música a sério". Enquanto Cale estava extremamente atraído pelo Rock n' Roll da época, Reed estava interessado em misturar ideais Avant-Garde com Pop, recrutando Cale, que na altura estava sem banda. Juntos iriam mudar a face da música para sempre, e os grandes egos e personalidades destes seriam cruciais na fase inicial da banda.
 Reed era guitarrista e Cale tocava baixo (mas também tocava orgão, violino...), mas eles precisavam de um conjunto para a banda arrancar a sério, e em 1965, os "Velvets" eram um quarteto constituído pelo dinâmico duo Reed (guitarra) e Cale (baixo e violino), Sterling Morrison (2º guitarra) e a baterista Maureen Tucker. Um dia, o artista/designer Andy Warhol iria apanhar a banda num clube local em Noiva Iorque e instalou-os na sua fabrica de arte "The Exploding Plastic Inevitable". No Verão de 1966, Warhol produzia o álbum de estreia. Warhol encarregara-se também de trazer para a banda a vocalista Islandesa Nico. A chegada de Nico trouxe alguns conflitos entre Warhol e a banda, mas Nico ainda contribui para duas das músicas mais importantes da banda.
Capa original do álbum de estreia dos "Velvets",
conhecida pela sua capa extremamente polémica
para a altura.

A espera finalmente acabara, e em 1967, "The Velvet Underground & Nico" saía. Com letras decadentes, violentas e brutalmente honestas, este falhou o sucesso comercial, mas a sua importância no Rock moderno seria incalculável e hoje é visto como um dos álbuns mais importantes da história. Seriam precisos mais de 20 anos até finalmente ser reconhecido como um dos melhores álbuns da história, e apesar de não ter vendido (quase) nada, uma pessoa que viveu na altura diz que um grupo de jovens que na altura ouviu o álbum, foi a correr criar a sua própria banda.
 O álbum também reconhecia o talento de Lou Reed na guitarra, com grande destaque para a extraordinária técnica de distorção de guitarra, na altura inédita, técnica essa comprovada na faixa chave do álbum "Heroin", que são 7 minutos de violência sónica, explorando as facetas mais experimentais da banda. A música também é muito conhecida pela sua letra extremamente polémica, que falava da Heroína e dos seus efeitos, mas Reed falava deste sem Tabus e com uma grande honestidade.
 Diz-se que a música Heroin é pioneira do Noise Rock, gênero que iria só ser altamente repescado nos anos 80. Esta não era a única grande música contida neste álbum, "Sunday Mornig" e "Run Run Run" criam virtualmente o Dream Pop e o Punk respectivamente, dai o termo dado á banda nos anos 80 de Proto-Punkers. "All Tomorrows Parties", "Venus in Furs" e "There She Goes" também iriam ser muito importantes na constituição da música Pop actual.



Embora a extrema importância do álbum "The Velvet Underground & Nico", na altura era visto como um grande fracasso. A relação da banda com Warhol deteriorizou-se, resultando em Reed afastar Andy Warhol dos próximos trabalhos da banda, o que resultava também no afastamento de Nico, que era fortemente apoiada por Warhol, inclusive o nome do disco de estreia da banda punha Nico de parte, como se esta não pertencesse á banda. A verdade é que Nico viria a ter uma carreira brilhante a solo, muito apoiada pelos The Velvet Underground, que compunham músicas para ela.
 "White Light/White Heat", chegava em 1968, sendo este o álbum mais violento (em termos de som) da banda, levando a sonoridade pioneira de Lou reed até outros níveis de distorção, resultando na obra prima  "Sister Ray", 17 minutos de energia electrizante que via Lou Reed fazer experiências com a guitarra, criando um Feedback extremamente ruidoso, Feedback que durante a música, durava segundos, minutos até.
 Visto hoje como uma obra-prima da música Pré-Moderna, "White Light/White Heat", tal como o seu antecessor (The Velvet Underground & Nico) era demasiado abrasivo e polémico para chegar ao Mainstream, resultando em mais um grande fracasso comercial, o que viria a trazer grandes conflitos entre as duas mentes cruciais do grupo: Reed e Cale. Depois de vários ultimatos e pressão por parte de Reed, Cale acabaria mesmo por abandonar o grupo, instantaneamente substituído por Doug Yule.


No terceiro álbum da banda, o homónimo "The Velvet Underground", toda a criatividade sonora e violência dos dois álbuns anteriores desaparecera por completo, resultando no álbum mais melódico da banda. Mas o som característico de Cale fazia muita falta, e a sua saída tirava alguma genuinidade á banda, como se os Beatles fizessem música sem Mccartney ou os "Stones" sem Mick Jagger.
 Mais um álbum seria feito com Reed e o restante "gangue" (Loaded), mas a banda acabaria por se desintegrar no final de anos 60 quando Lou Reed decide abandonar o grupo, restando como único membro da banda, Doug Yule, que usa o nome da banda para um álbum (Squeeze), se bem que nos registos históricos, ó álbum não é considerado ser dos "Velvets".
 Lou reed, Jonh Cale e Nico viriam a estabelecer carreiras brilhantes a solo, e a banda seria esquecida á medida que os anos 70 progrediam, mas hoje os The Velvet underground são vistos como os a principal força influente de cenas musicais importantes como o Pós-Punk, influenciando o movimento completo. O Shoegaze nos anos 80, sendo que bandas como My Bloody Valentine, The Jesus and Mary Chain e os Sonic Youth encontram infinitas influências na banda.
 O verdadeiro sucesso da banda viria muito depois desta já estar totalmente desintegrada.

No dia 27 de Outubro, o mundo parou quando se soube que Lou Reed havia falecido. Reed já havia sido submetido a um transplante de figado, e não resistiu.
 Hoje fica a nota que Lou Reed é um dos maiores guitarristas da história e fundou aquela que é provavelmente a melhor banda de sempre.
 RIP LOU REED: UM HOMEM QUE SABIA AS REGRAS,
MUITO ANTES DE QUEBRÁ-LAS!

Os anos 60 continua noutra postagem...

MontijoSound terá um novo texto-documentário chamado Décadas.


O MontijoSound postará semanalmente um texto-documentário falando do que de importante aconteceu na música nas décadas de 1960, 70, 80, 90 e década de 2000.
 A primeira postagem será no dia 3 de Janeiro e a MontiSound vai falar da década de 60, e as restantes postagens acontecerão todas as sextas do mês de Janeiro de 2014.

Gente, este é o ano MontijoSound...

Não liguem á malta da MTV, este vai ser o nosso ano: o ano da revolução Montijense, e nós queremos que vocês façam parte dessa revolução... O que que preparámos para vocês? Vejam:

Linda Martini
Em Fevereiro, entrevista exclusiva aos Linda Martini, banda que cada vez destaca-se mais no cena musical independente portuguesa, destacando-se pelo seu Indie Rock indulgente, e eclético. Um grande destaque.

Alex D'alva Teixeira
Somos D'alva naõ é? Alex D'alva semanalmente ira escolher as melhores faixas da semana á medida que o ano progride aqui na MS, ainda sem data anunciada.


O MOntijoSound vai estar nos melhores festivais de verão, a partir de Junho seguindo até Agosto: Desde o Optimus Primavera Sound, Optimus Alive, Super Bock Super Rock e Vodafone Paredes de Coura. Fotos, Videos e resumos diários dos dias no festival, esta fica á conta da MontijoSound.

Lembrem-se, este não podia existir sem a vossa ajuda, visitem a nossa página MontijoSound no Facebook e curtam!